É estranho como de repente você precisa lidar com tantas coisas ao mesmo tempo.
Ainda sofro com o problema relacionado ao Ri. Tá difícil segurar a barra e vira e mexe tenho meus momentos deprês, em que parece que não existe dor maior nesse mundo do que a saudade que sinto daquele sorriso enorme, do meu bom e velho Ricardo, aquele bobo, engraçado, carinhoso e presente. Duro olhar pra uma pessoa e não conseguir reconhecê-la através da armadura que ela vestiu. Triste entender que não é o momento de estarmos juntos. De qualquer forma, apesar de tanta dor e tanta lágrima, apesar de eu ter visto no rosto dele uma expressão tão triste quanto a minha, sei que temos uma história linda por trás de tudo isso. EU SEI o que senti desde o primeiro momento em que o vi, sei o quanto esperei de um domingo a outro para poder estar com ele de novo e sei quantas noites deixei de dormir, quantas aulas matei, quanta gasolina gastei e quantos km rodei pra poder ficar mais tempo atracada no pescoço dele como se fosse o último dia do mundo. EU SEI o que eu senti e sinto, mesmo que hoje pareça não importar mais pra ele. EU SEI que não lutamos tanto pra ficar juntos pra morrermos separados. Romântica? Ingênua? Trouxa? Não importa, o que tá dentro do meu coração não é da conta de ninguém. O sentimento é meu, o amor é meu e eu faço dele o que eu achar melhor.
Não me arrependo de ter me espatifado feito um cristal, esparramando cacos por todos os lados, afinal foi uma escolha minha. Estou recolhendo os pedaços que me pertencem, eliminando os que me atrapalham e tentando ser uma pessoa melhor pra mim mesma. Nesse processo percebi que alguns amigos talvez não sejam tão amigos assim e que pessoas até então sem valor parecem abraçar sua vida como se fossem delas. Outro duro golpe, afinal perceber que algumas pessoas não são o que parecem no momento em que você talvez mais precise delas é outro soco no estômago. Aproveitei pra fazer uma certa “faxina” nas minhas amizades também. Existem os amigos de infância, os de consideração, os de conveniência, os de baladas, os da facu, os do trabalho e outros mil tipos, mas se você puder confiar em dois somando todos esses núcleos, pode se considerar alguém de sorte. Eu me decepcionei com pessoas e pior, perdi a confiança. Logo eu que confio em tudo e todos agora estou mais desconfiada do que nunca. Nesse meu pesadelo real, notei que algumas pessoas não estão sendo sinceras comigo.
De tudo isso, uma coisa me deixa feliz que é minha proximidade com a minha tia. Eu tenho uma frustração grande por ela não ser minha madrinha, mas de coração é como se fosse minha segunda mãe. Em todos os momentos em que me sinto angustiada, triste, desesperada ou em crise, é ela quem me acode pela maneira que for possível. Seja por telefone ou pessoalmente, ela sempre dá um jeito de segurar minha mão quando eu pareço enlouquecer e, sinceramente, não sei o que seria de mim sem ela pra me ajudar. Ontem tive uma crise punk, afinal misturar tequila com remédios só podia não funcionar. Dormi bêbada e acordei louca, não sei como cheguei em casa, não me lembro e numa situação que se não fosse deprimente, seria engraçada, meus olhos giravam loucamente, parecia um boneco a pilha dando tilt e eu andava parecendo que tinha corrido uma maratona de 1.000 km porque minhas pernas quase não respondiam ao meu comando me dando apenas uma única alternativa, já que só tava minha cunhada dormindo em casa: ligar, seja pra quem quer que fosse e pedir ajuda, pois definitivamente eu achei que fosse babar até morrer e o pânico, claro, agravou tudo. O primeiro telefonema, claro, não me respondeu, e foi como se eu tivesse lido na tela do meu celular um “FODA-SE” bem grande. O segundo sim e tive algumas orientações que com um esforço mental maior que físico, consegui chegar até a cozinha e beber água. Sentei até a tontura passar, fiz 3 litros de xixi ainda infeccionados e me arrastando, voltei pra cama, com a cabeça explodindo e uma ânsia de vômito horrível. Ainda não sei o que aconteceu com minhas pernas, mas elas permanecem doloridas e sem força, a ponto de ser um grande esforço utilizar a embreagem do carro. Será que eu fiz tanto esforço físico assim?
Na minha última sessão com meu terapeuta, falei sobre minha neurose, minha ansiedade e meu ceticismo. Descobri que é preciso acreditar, ser otimista. Nas palavras dele: a fé materializa os pensamentos. Achei demais. Outro dia li num adesivo num carro: Felicidade começa com Fé, uma frase que minha tia tinha me dito alguns dias antes. Dentre as alternativas, busquei apoio espiritual também e tenho me sentido bem. Resgatei meus cristais que estavam esquecidos no parapeito da minha janela e os dei água, luz e passeio...rs. Comecei a ler um livro e estou adorando. Ainda fico vidrada na TV assistindo minhas séries, mas já saio de casa, seja pra queimar gasolina à toa, seja pra dançar, seja pra beber. Quando as alternativas de companhias não são das melhores, me reservo o direito de sair sozinha e fazer companhia a mim mesma o que admito, tem sido bom. Fico ali dirigindo, falando com meus pensamentos, me dando broncas silenciosas e me apoiando com tapinhas nas costas imaginários. Mesmo que esses percursos sejam curtos, como eu ir da minha casa à casa de alguém, eu muitas vezes desligo o rádio e fico ali refletindo e tentando entender a vida. Sei que quando essa tempestade passar, sairei uma pessoa melhor e mais forte. Tenho certeza que esse sofrimento não é em vão e é por isso que apesar dos trancos e barrancos, eu continuo em frente humildemente, sem querer apertar aquele botão mal educado que eu costumava utilizar nos momentos em que as coisas não estavam bem pra mim.
Outro dia, assistindo Grey’s Anatomy, num dos milhares de encontros e desencontros da Meredith e do Derek, ela largou mão de ser chata e o procurou, fazendo uma planta de uma casa com velas num gramado verde lindo. Quando ele chegou ela começou a despejar mil informações nele, dizendo que estava ali esperando ele, que ele demorou, que ela era uma idiota e falando sem parar disse: acho que podemos ser extraordinários juntos ao invés de medíocres separados. Ele mostrou a champanhe que trazia e os dois se atracaram num superbeijo de contos de fadas. A frase marcou, essa fase também...
Tudo vai ficar bem. Eu sei.
Ainda sofro com o problema relacionado ao Ri. Tá difícil segurar a barra e vira e mexe tenho meus momentos deprês, em que parece que não existe dor maior nesse mundo do que a saudade que sinto daquele sorriso enorme, do meu bom e velho Ricardo, aquele bobo, engraçado, carinhoso e presente. Duro olhar pra uma pessoa e não conseguir reconhecê-la através da armadura que ela vestiu. Triste entender que não é o momento de estarmos juntos. De qualquer forma, apesar de tanta dor e tanta lágrima, apesar de eu ter visto no rosto dele uma expressão tão triste quanto a minha, sei que temos uma história linda por trás de tudo isso. EU SEI o que senti desde o primeiro momento em que o vi, sei o quanto esperei de um domingo a outro para poder estar com ele de novo e sei quantas noites deixei de dormir, quantas aulas matei, quanta gasolina gastei e quantos km rodei pra poder ficar mais tempo atracada no pescoço dele como se fosse o último dia do mundo. EU SEI o que eu senti e sinto, mesmo que hoje pareça não importar mais pra ele. EU SEI que não lutamos tanto pra ficar juntos pra morrermos separados. Romântica? Ingênua? Trouxa? Não importa, o que tá dentro do meu coração não é da conta de ninguém. O sentimento é meu, o amor é meu e eu faço dele o que eu achar melhor.
Não me arrependo de ter me espatifado feito um cristal, esparramando cacos por todos os lados, afinal foi uma escolha minha. Estou recolhendo os pedaços que me pertencem, eliminando os que me atrapalham e tentando ser uma pessoa melhor pra mim mesma. Nesse processo percebi que alguns amigos talvez não sejam tão amigos assim e que pessoas até então sem valor parecem abraçar sua vida como se fossem delas. Outro duro golpe, afinal perceber que algumas pessoas não são o que parecem no momento em que você talvez mais precise delas é outro soco no estômago. Aproveitei pra fazer uma certa “faxina” nas minhas amizades também. Existem os amigos de infância, os de consideração, os de conveniência, os de baladas, os da facu, os do trabalho e outros mil tipos, mas se você puder confiar em dois somando todos esses núcleos, pode se considerar alguém de sorte. Eu me decepcionei com pessoas e pior, perdi a confiança. Logo eu que confio em tudo e todos agora estou mais desconfiada do que nunca. Nesse meu pesadelo real, notei que algumas pessoas não estão sendo sinceras comigo.
De tudo isso, uma coisa me deixa feliz que é minha proximidade com a minha tia. Eu tenho uma frustração grande por ela não ser minha madrinha, mas de coração é como se fosse minha segunda mãe. Em todos os momentos em que me sinto angustiada, triste, desesperada ou em crise, é ela quem me acode pela maneira que for possível. Seja por telefone ou pessoalmente, ela sempre dá um jeito de segurar minha mão quando eu pareço enlouquecer e, sinceramente, não sei o que seria de mim sem ela pra me ajudar. Ontem tive uma crise punk, afinal misturar tequila com remédios só podia não funcionar. Dormi bêbada e acordei louca, não sei como cheguei em casa, não me lembro e numa situação que se não fosse deprimente, seria engraçada, meus olhos giravam loucamente, parecia um boneco a pilha dando tilt e eu andava parecendo que tinha corrido uma maratona de 1.000 km porque minhas pernas quase não respondiam ao meu comando me dando apenas uma única alternativa, já que só tava minha cunhada dormindo em casa: ligar, seja pra quem quer que fosse e pedir ajuda, pois definitivamente eu achei que fosse babar até morrer e o pânico, claro, agravou tudo. O primeiro telefonema, claro, não me respondeu, e foi como se eu tivesse lido na tela do meu celular um “FODA-SE” bem grande. O segundo sim e tive algumas orientações que com um esforço mental maior que físico, consegui chegar até a cozinha e beber água. Sentei até a tontura passar, fiz 3 litros de xixi ainda infeccionados e me arrastando, voltei pra cama, com a cabeça explodindo e uma ânsia de vômito horrível. Ainda não sei o que aconteceu com minhas pernas, mas elas permanecem doloridas e sem força, a ponto de ser um grande esforço utilizar a embreagem do carro. Será que eu fiz tanto esforço físico assim?
Na minha última sessão com meu terapeuta, falei sobre minha neurose, minha ansiedade e meu ceticismo. Descobri que é preciso acreditar, ser otimista. Nas palavras dele: a fé materializa os pensamentos. Achei demais. Outro dia li num adesivo num carro: Felicidade começa com Fé, uma frase que minha tia tinha me dito alguns dias antes. Dentre as alternativas, busquei apoio espiritual também e tenho me sentido bem. Resgatei meus cristais que estavam esquecidos no parapeito da minha janela e os dei água, luz e passeio...rs. Comecei a ler um livro e estou adorando. Ainda fico vidrada na TV assistindo minhas séries, mas já saio de casa, seja pra queimar gasolina à toa, seja pra dançar, seja pra beber. Quando as alternativas de companhias não são das melhores, me reservo o direito de sair sozinha e fazer companhia a mim mesma o que admito, tem sido bom. Fico ali dirigindo, falando com meus pensamentos, me dando broncas silenciosas e me apoiando com tapinhas nas costas imaginários. Mesmo que esses percursos sejam curtos, como eu ir da minha casa à casa de alguém, eu muitas vezes desligo o rádio e fico ali refletindo e tentando entender a vida. Sei que quando essa tempestade passar, sairei uma pessoa melhor e mais forte. Tenho certeza que esse sofrimento não é em vão e é por isso que apesar dos trancos e barrancos, eu continuo em frente humildemente, sem querer apertar aquele botão mal educado que eu costumava utilizar nos momentos em que as coisas não estavam bem pra mim.
Outro dia, assistindo Grey’s Anatomy, num dos milhares de encontros e desencontros da Meredith e do Derek, ela largou mão de ser chata e o procurou, fazendo uma planta de uma casa com velas num gramado verde lindo. Quando ele chegou ela começou a despejar mil informações nele, dizendo que estava ali esperando ele, que ele demorou, que ela era uma idiota e falando sem parar disse: acho que podemos ser extraordinários juntos ao invés de medíocres separados. Ele mostrou a champanhe que trazia e os dois se atracaram num superbeijo de contos de fadas. A frase marcou, essa fase também...
Tudo vai ficar bem. Eu sei.
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